sábado, 15 de abril de 2017

Refletindo sobre a vida....

Todos nós precisamos amar e ser amados, todos precisamos de alguém que nos dê carinho, que goste de nós verdadeiramente, sem querer nada em troca, sem interesses ou conveniências momentâneas. Amar e ser amado, cuidar e ser cuidado, proteger e ser protegido, são coisas tão simples, tão profundas, mas que nos dias atuais, são tão raras de se ver. As pessoas  apenas têm tempo para trabalhar e usufruir das tecnologias, iludindo-se em relações virtuais e esquecem-se do principal: valorizar o momento, o presente, a pessoa que está ao seu lado. O ser já não é mais importante, o que vale para as pessoas, é o ter.
Há momentos na vida em que é impossível evitar a tristeza. Todos nós temos momentos em que precisamos de um ombro amigo ou de palavras de ânimo que nos levem a não desistir.
Eu me sinto tão só e perdida nesse mundo. Parece que sou inadequada para essa nova realidade que a sociedade moderna nos impõe. Para mim, o amor, a amizade, a generosidade e a humildade são imprescindíveis. Eu não sei viver pensando só em mim, nos meus objetivos e metas. Para mim, viver é dividir, é oferecer o que você é, o seu melhor para o seu próximo. Eu gosto de cuidar, de ajudar, de proteger, esse é o meu jeito de amar. Mas parece que estou errada, que sou anormal, que nunca vou conseguir ser compreendida pelas pessoas. Eu sou uma pessoa que se doa, que quando ama , é de verdade e pra sempre. Sou difícil de me aproximar, preciso de um tempo para conhecer as pessoas, não sou muito sociável, mas depois de alguns dias de convivência, sinto mais confiança e me abro para algumas pessoas que meu coração escolhe e farei o que estiver ao meu alcance, para mostrar o quão especial e importante essa pessoa é para mim. Farei tudo com carinho, amor, atenção, para enxergar nos olhos de quem escolhi para me acompanhar nessa jornada da vida, um brilho especial e perceber que consegui ao menos, por um instante, tornar sua vida, um pouco mais leve e feliz. Eu sou assim, sem grandes mistérios, sem nenhum disfarce. Sou intensa, sou transparente, sou leal. Sou do jeito que Deus quis que eu fosse, e sou aquilo que a vida fez comigo. Sou muito do que aprendi com minha mãe, sou muito do que aprendi com minhas experiências de vida.
Sou todas as desilusões que já sofri, todas as lágrimas que já derramei. Sou todas as alegrias que já senti, e todos os sorrisos que já brotaram do meu rosto. Sou um passado, um presente e um futuro.
Quando eu me sinto perdida, ninguém me estende a mão. É doloroso perceber que não tenho ninguém com quem posso contar. Aliás, para as pessoas, ás vezes, parece que não tenho direito de ter sentimentos, de ter medo, de ficar triste e de precisar de colo e cuidado. Eu tenho sempre que estar alegre , forte e pronta para cuidar das pessoas que estão próximas a mim, da minha família.
Mas eu nunca preciso de nada e nem de ninguém. Parece que eu não existo como pessoa.


A maior decepção não é me sentir sozinha, mas sim saber que estou desamparada com tantas pessoas por perto, ao meu redor. A vida me tem ensinado da pior forma que as palavras nada valem, se não forem acompanhadas de ações.  Não há nada pior do que sentir que estamos desamparados e ver tudo à nossa volta cair, sem termos alguém para nos segurar. Nesses momentos, a ausência da minha mãe fica mais evidente, porque ela era a única pessoa que se importava comigo, que me enxergava com o coração, que sabia que eu era frágil, medrosa e carente. Ela sabia que por mais que eu me esforçasse para ser forte, inteligente e saber resolver as situações do cotidiano, que eu também precisava de carinho e de sentir que não estava sozinha, que eu tinha alguém do meu lado, me dando forças e apontando caminhos para encontrar as soluções para os problemas. Por mais que eu tenha cuidado dela e feito tudo o que estivesse ao meu alcance, eu não consegui evitar sua partida. Eu  a amei intensamente e ainda a amo, valorizei cada instante ao seu lado, mas mesmo assim, ainda sofro de saudades.Eu só queria que as pessoas me enxergassem como humana e me acolhessem com carinho, me oferecessem um olhar terno e afetuoso, um abraço apertado ou simplesmente um aperto de mão, que isso significasse:” Eu não sei quais são os seus desafios e problemas, você terá que enfrentá-los e resolvê-los sozinha, mas tenha certeza de que pelo menos, não estará sozinha nos momentos de incerteza e nos seus fracassos, eu estou com você, aconteça o que acontecer. Conte comigo!!!”. Será que isso é pedir muito, às vezes, penso que sim, que isso não é permitido para mim, o porquê disso  eu não sei, mas  sei que essa tem sido minha realidade.

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